A Química dos Vitrais

A Química dos Vitrais

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Se já se sentiu deslumbrado perante os jogos de cor e luz dos vitrais, então já sentiu como a química liga bem com a arte e o belo.

A utilização de vitrais coloridos para embelezar basílicas e catedrais desenvolveu-se desde o início da Idade Média, mas a origem dos vidros coloridos é muito anterior, pois egípcios e romanos já eram especialistas na sua produção.

A química dos vitrais confunde-se com a própria química do vidro: o vidro é obtido a partir da fusão de areias de dióxido de silício, ou sílica. A sílica é um sólido cristalino, isto é, um sólido com empacotamento regular e repetitivo dos seus átomos que, neste caso, estão organizados em pirâmides contendo um átomo de Silício rodeado por quatro átomos de oxigénio. O vidro forma-se por arrefecimento da sílica fundida, mas em condições que não permitem recuperar este empacotamento regular, dando origem a um arranjo irregular e não repetitivo, ou seja, um sólido amorfo.

E claro que o vidro é também uma receita química! O vidro mais comum é uma mistura de sílica, carbonato de sódio e óxido de cálcio, com parcelas menores de óxidos de alumínio, cloreto de sódio e outros sais, todos com o seu papel: formadores de rede, modificadores de rede ou fundentes.

E para este programa sobre vitrais interessa-nos salientar o papel dos “fundentes”. Os fundentes são substâncias adicionadas à sílica para baixar o seu ponto de fusão. De facto, o ponto de fusão da sílica pura é de cerca de 1700 º Celcius, uma temperatura muito difícil de obter, para mais nos tempos em que os fornos eram a lenha. Por isso, os primeiros produtores de vidro usavam “fundentes” como cinzas vegetais e carbonato de sódio. Só que estes materiais continham diversas impurezas e dessas impurezas resultaram os vidros coloridos!

Os primeiros artesãos não controlavam a cor do vidro produzido, mas quando começaram a perceber a origem da cor, deu-se uma verdadeira explosão de experiências, com o objetivo de descobrir as substâncias mais adequadas para o obter cada cor específica.

Uma busca que envolveu artesãos e alquimistas, mas que teve muitos aspetos de verdadeira investigação científica em química!

A investigação química a trazer-nos a beleza dos vitrais.

Recursos adicionais

  • Créditos: Science Office/Universidade de Aveiro Cristalino amorfo ( VIDEO )
    02.25.2013 ( 19 MB )DOWNLOAD

    Créditos: Science Office/Universidade de Aveiro

  • Folheto destacável produzido para o episódio Se Quiser Saber Mais... ( PDF )
    11.17.2013 ( 2 MB )DOWNLOAD

    Folheto destacável produzido para o episódio



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